terça-feira, 8 de abril de 2008

Eu sou um cachorro.

Sábado passado me apaixonei.
Estava passando na rua e um doce cão veio andando ao meu lado querendo chamar minha atenção. No trajeto, chegando no ponto do ônibus, eu já havia percebido que ele seguia mulheres e ao ser ignorado tentava a próxima. Acontece que na minha vez eu dei trela e por ali ele ficou. A moça que chegou na fila logo atrás de mim ofereceu uns biscoitos pro meio-poodle-meio-lata que cheirou e não comeu. Eu abaixei e os dei na boca do cão que acabou comendo o pacote todo. Na metade, ele saiu andando, atravessou a rua olhando para os dois lados, foi no matinho, fez xixi, voltou e continuou comendo. Educadíssimo. Sentou ao meu lado e ficou esperando o ônibus conosco, calado. Eu me despedi, (a essas alturas já tava gamada), disse que ia embora e entrei no ônibus. O fofinho esperou todos entrarem e veio atrás. O motorista ainda disse "ê rapaz, você num pode, desce..." e ele ficou, deixando meu coração partido.
Na volta olhei atentamente pra ver se não o encontrava. Teria o trazido, imaginei tudo, passar no pet shop, dar banho, vacina e ficar com ele. Ainda imagino ele aqui em casa pedindo pra ir na rua se aliviar.

Cachorro é um bicho carente; precisa de amor, carinho e atenção o tempo todo. Por isso digo que sou um cachorro. Se ele estiver lá no sábado eu trago ele, nem que seja a pé.

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